Porque estou só junto à minha tão querida janela.
Porque é de noite e ouço placidamente os ruídos da cidade.
Porque há muito tempo que aqui não colocava os meus devaneios.
Por tudo isso escrevo.
Escrevo para mim, num monólogo das horas tardias, na cumplicidade na noite e na certeza da cama fria à minha espera.
Não creio que escreva para os outros, porque aquilo que me habita agora é tão meu que mesmo que quisesse, pouco conseguiria dizer acerca do que me faz parar para pensar.
O meu blog é o meu canto, o meu farrapo de nuvem branca, pedaço inestimável dos meus dias.
Também é vosso, se me perdoarem o egoísmo de algumas frases e se se sentirem como eu nestas horas nocturnas e solitárias.
1 comentário:
Não é o avançado da hora que me faz comentar, mas uma necessidade de compartilhar a solidão que se sente, às duas da manhã, quando a cama está fria e a cabeça ainda não está pronta para desligar.
Porque às duas da manhã, a noite ainda vai curta e por vezes é mesmo preciso dizê-lo ao mundo. “Boa noite, mundo! Boa noite.”
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