Sondagem: toca a responder

E como já tinha algumas saudades de me dedicar um bocadinho ao blog coloco ao vosso dispôr uma área de sondagem... Para darem a vossa opinião acerca de assuntos actuais, mais supérfluos ou mais sérios.

Comecemos com uma questão light adequada à quadra natalícia.

Pródromo

Entrei no meu blog como se fosse uma visitante anónima.
Espantei-me com a trégua de mensagens e com a estagnação das ideias.

Talvez seja esta preguiça de férias que me faz parar no tempo e no espaço, negligenciando algumas pequeninas coisas que, usualmente, fazem parte do meu dia a dia.
Mesmo agora que escrevo sinto as pálpebras pesadas, o apelo das coisas supérfluas e sedentárias, um desprezo repulsivo pelos deveres de estudante.

Estou numa fase tonta em que as pessoas me entediam com o seu consumismo desenfreado, a sua impaciência e a sua falta de tacto. Estou naquele interregno social em que consulto essencialmente o sofá, a almofada e um livro ou outro para me confortar das vicissitudes da vida.

É talvez aquele pródromo de final de ano em que pesamos os momentos passados na balança deturpadora do Superego e alinhavamos com cuidado e maior ou menor realismo os projectos para o futuro.

O certo é que é urgente algum dinamismo senão acabarei eventualmente por me afundar neste profundo tédio intelectual, enfeitado ainda com luzinhas coloridas e gorros vermelhos, enroscado na poltrona com a camisolinha nova, deliciando-se com um dos trezentos doces disponíveis e trauteando o "Jingle Bells".

A todos

Por esta janela virtual manifestei as minhas emoções, as minhas ideias e as minhas convicções durante todos estes meses... Hoje devo mais uma vez usar o meu blogue para chegar a todas as pessoas de quem gosto e que, dia após dia, lêem as minhas palavras:

FELIZ NATAL!
***Que o nosso espírito se encha de luz!***

Segunda tentativa lol


Vamos lá ver se este novo template se aguenta até 2009!!

Eu gostava...

Eu gostava de abrir novamente o dossier cor-de-rosa e imbuir-me de profundíssimos conhecimentos pediátricos...

Eu gostava de não estar constipada, de não ter dores de cabeça e de sentir algum conforto interior pelo simples facto de ter o aquecimento ligado e um monte de mantas à disposição...

Eu gostava de ter aquela capacidade rara de memorizar tudo aquilo em que coloco os olhos, independentemente da hora do dia ou da noite...

Eu gostava de acreditar em momentos de inspiração que, mesmo na mais negra das ignorâncias, me permitissem saber a resposta certa no momento exacto...

Eu gostava que hoje já fosse amanhã e que, no fundinho da minha alma, já me sentisse de férias.

A minha mensagem de Natal

Hoje, dia 13 de Dezembro de 2008, escrevo para vós este poema:

Triste, percorro a minha memória
Em busca do erro que me fez explodir.
Revejo a conduta alheia, as injustas frases
Todos aqueles olhos vazios e desinteressados.

Não caiam nessa armadilha infame
De elevar aos píncaros o próprio umbigo.
Se dar as mãos já não significa nada
Enterrem a cabeça na areia e não contem comigo.

Olhos vazios reflectem e não amam,
Reflectem e não se projectam além do óbvio.

Essa imagem distorcida de si,
Que se acomoda na hierarquia a milhas de tudo o resto.
Sem remorsos, imune ao protesto.
Como se confiar fosse a fraqueza dos tontos,
Daqueles que chegam a casa e escrevem poemas.

Dói-me a cabeça mas escrevo, não me apetece mas escrevo
Tenho mil tarefas por cumprir, mas escrevo
Gostava de estar noutro sítio, mas escrevo.
Escrevo porque ainda não perdi a esperança.

Este barrete gigante onde, no fundo, todos cabemos
É vermelho-vivo e pisca, acreditem.
A disponibilidade dos outros não é uma superfície macia
Onde apoio tranquilamente as mãos para fazer salto ao eixo.

O compromisso não é uma pluma leve,
Que o vento do capricho leva para onde lhe aprouver.
As más desculpas deixam um negríssimo rasto de fumo
Muito difícil de engolir mas muito fácil de ver.

Perdoem a minha sinceridade.
Não me excluo de nada do que escrevi.

Quando a minha voz se elevar pelos degraus de gente
Gostava de sentir que falo por todos.

Intermitências

O dia corre.

Imparável, como se desesperasse por chegar ao fim. Atrasado para chegar a amanhã, empurrando os ponteiros com força em direcção ao futuro.

No metro cruzamo-nos todos, enquanto corremos lado a lado com o avançar das horas, temendo tropeçar uns nos outros ou em nós próprios.

Em lado algum como ali a vida é uma sucessão de acções, seguidas das inevitáveis reacções. Nada é estático. Num segundo, dezenas de vidas numa meia dúzia de metros quadrados.

Tudo é causa e efeito de alguma coisa.

Desafio à tolerância. Afogados na pressa, disparamos palavras duras. No desespero de chegar mais rápido pisamos, empurramos, afastamos, praguejamos.

Dói-me a cabeça. Fotofobia de ter-me sentido também eu intolerante. Pequenina marioneta do tempo expedito e arrogante.

Agora tenho sofá e manta quente.
Até amanhã!

Natal

Pertinho da árvore de Natal.

Os meus olhos pousam, gentilmente, nas pequenas letras. As minhas mãos, já tão hábeis na arte de sublinhar, disputam tons de marcadores e realçam frases feitas.
Uma constelação de luzes, intermitentes na sua cintilância, reflectem-se na superfície opaca e branca das folhas de papel.

A árvore embala aquele Natal doce que eu já sentia em mim há alguns dias.

A casa encheu-se de dourados, de vermelho-fogo e de brilho. Pela noitinha, o Natal é mais Natal.
Uma eterna melodia de fundo dança no interior da minha mente, move-se num sublimiar de compreensão que explode de quando em vez, na ponta incandescente do iceberg, e me faz sorrir.

O Natal trouxe-me uma prenda. Ainda não sei bem qual é, mas sei que trouxe.




Template Novo... Caput!!

Pois é... para os menos atentos ou menos assíduos informo que o meu novo e adorado template desapareceu magicamente há dois ou três dias sem que nada o fizesse prever e sem que eu tenha percebido porquê. As tentativas sucederam-se com o objectivo de o recuperar, mas sem sucesso. Esse tempo inútil e desesperante reflectiu-se na carência de posts que, tristemente, têm presenciado.

Mas pronto, como nisto dos blogues o conteúdo é mais importante do que a forma, regressei ao template antigo até que outro me seduza ao ponto de dedicar mais umas horinhas ao estudo (tipo tentativa e erro :p) do código-fonte.

Aceitam-se sugestões de templates, para aqueles já mais habituados a estas andanças da blogosfera!

Dezembro numa bola de neve



Ainda que Dezembro não te traga
imagino-te em flocos
pedaços de algodão frio caindo do céu
essência de nuvem derretendo nas minhas mãos ávidas de magia.

Nos meus sonhos
cobres a árvore cintilante e o gorro de lã
trazes mais calor do que gelo
baptizas o meu Natal de branco!

Coisas da vida

Às vezes o tempo passa e qualquer coisa se perde, inesperadamente, nas curvas do caminho.

Chego a casa e deixo-me cair na superfície macia, com um cansaço de 100.000 anos de trabalho, a cabeça pesada de teorias sobre a redenção do mundo. De repente, o universo parece um exíguo espaço, onde quase todos são sombras sem alma, percorrendo um percurso ancestral e inútil.

Hoje não tenho paciência para coloquialidades e subterfúgios.

Novo visual


PRETO sobre Azul!