Silêncio das estrelas


by William Hood


Quando chegares a casa e espreitares pela janela, além das gotas de chuva que anarquicamente se espalham na atmosfera fria, muito para além das luzinhas acesas e das estradas vazias, verás o brilho de meia dúzia de estrelas que se calhar já não existem.


Esse ruído!!! Esse ruído que não sei descrever e que me perturba. Quero ver a magia lá fora e não consigo.


Quando chegares a casa e vires as estrelas, que a mil anos-luz daqui já morreram e já são cinza de astro celeste, diz-me qualquer coisa. Pode ser que assim se faça silêncio.

Duplas no mínimo... estranhas!

Depois do choque inicial surgiu a gargalhada incrédula e no fim a triste constatação da verdade:

"Popota e Tony Carreira fazem dueto musical"

Só mesmo para ajudar crianças desfavorecidas poderei eu alguma vez considerar seriamente a ideia de adquirir tal monstruosa sonoridade e, ainda assim, a aquisição permaneceria certamente intocada até ao fim dos tempos, ganhando pó e teias de aranha num local recôndito lá de casa.

Quem sabe o que virá a seguir....

Leopoldina e Toy?
Sapo Cocas e Ágata?
Ronald MacDonald e Zé Cabra?

Ficamos, horrorizadamente à espera :p

Winter has come

Cheirinho de lenha a queimar.... :)

Viana

Nem sei como dizê-lo... Apetece-me escrevê-lo em francês, não sei bem porquê, mas a minha ignorância linguística não mo permite.

Sinto falta do teu abraço quente, de saber-te aqui perto, numa telepatia de coisas proibidas e harmoniosas. Quero o sorriso de dois lábios encostadinhos, a tua mão morna de afecto, a dança invisível das nossas expectativas.

Onde tu estás põe-se o sol nas curtas encostas, atrás das árvores altas e das hélices brancas. Onde tu estás correm os animaizinhos pela vastidão dos terrenos, cantam os pássaros nas janelas abertas e respira-se o ar fresco de um quase Inverno.

Onde eu estou vejo isso nos sonhos, antecipo-te nas horas vagas e nas outras todas. Onde eu estou há um vazio de qualquer coisa preciosa e essencial, complexo mundo cheio de coisas mas tão incompleto com a tua ausência.

Quando regressas instala-se a trégua no caos universal. A relatividade relativa das mecânicas coisas da Natureza colapsa e o tempo pára. A noite eleva-se a um nível que os olhos humanos não vêm e que as almas solitárias não adivinham. Os segundos terrestres são os nossos dias de felicidade explosiva, em que os sentimentos se fundem num conceito que não pode ser pronunciado ou escrito.

Vestígios de nós escrevem uma enciclopédia imaterial e eterna, onde o derradeiro significado das coisas se resume a este abraço infinito.

Todos lêem, ninguém compreende.

Permanece a doce ansiedade do teu regresso. Saudade não nostálgica de ter-te aqui. Certeza de amar-te muito além das léguas que nos separam.

Resposta curta




e TU de que é que precisas?



Diagnóstico diferencial

cefaleia fronto-parietal sempre com a mesma localização
vespertina e incapacitante
acompanhada de náuseas e sonolência
odinofagia matinal

...façam as vossas apostas!

Desintegração


"... I'm a million different people..."

Quando caminho entre as pequenas multidões de Lisboa, quando recebo elogios ou críticas, quando seguro a mão de alguém, quando quase enlouqueço com trabalho, quando me espreguiço nos pequeninos momentos de ócio, quando adormeço em cima do livro, quando pedalo na bicicleta do ginásio, quando sublinho a amarelo-fluorescente, quando danço na rua ao som de nada, quando sou abraçada com fervor, quando escrevo no meu blog...

Oceano

Lá onde os sonhos começam...



by David Clapp


...onde tu surges da água prateada para me inspirar,
...onde as ondas são espuma de beijos e lágrimas salgadas de saudade,
...onde a vibração do vento escreve poemas na hipnotizante superfície do oceano.

ZzzzZzzzz

Hoje revoltei-me e não há post para ninguém!
Eu bem queria mas não dá...
O sono é muito e os protocolos de pediatria clamam por mim a partir do livro aberto.
Por isso as minhas desculpas a todos.
E peço desde já perdão ao livrito atrás mencionado porque muito provavelmente,
e daqui a muito pouco tempo, vou estar a dormir em cima dele.
Tenho dito.
:p

:' )

A cefaleia


Fronto

Temporo

Occipito

Parietal

This sad bolt


E quando, por um aleatório e irritante capricho, os deuses se lembram de castigar os pobres mortais, surgem dias vazios de sentido, como este, em que sentimos que a única coisa que falta acontecer é cair um relâmpago na nossa cabeça (isso ou uma tala de gesso).

18


Demos a mão. Na sombra eu concentrava-me nas folhas caídas.
Falava sobre coisa nenhuma para evitar os teus olhos de anémona.
O mundo todo renasceu naquele beijo.
Não preciso de mais nada.

Partícula de nada num mundo cheio de coisas

Lá bem no fundo... Naquele pedaço de alma que só nós conhecemos. Que nem tentamos explicar porque é só nosso, alguma coisa se passa.

Algo se modifica, em câmara lenta, como a rotação da Terra ou o desabrochar de uma flor.
Ao fim do dia está já tão diferente do que era... E eu sinto então que cresci.

Sinto-me um gigante das emoções e das descobertas e ao mesmo tempo um pedaço de coisa nenhuma, na pequenez de quem vê pela primeira vez o mar ou sente o sabor de um beijo inesperado.


"O resto é silêncio"

William Shakespeare


Fechem os olhos e ouçam...

Love of my life,
You've hurt me,
You've broken my heart,
and now you leave me.

Love of my life can't you see?
Bring it back, bring it back,
Don't take it away from me,
Because you don't know what it means to me.

Love of my life don't leave me,
You've stolen my love and now desert me,

Love of my life can't you see?
Bring it back, bring it back,
Don't take it away from me,
Because you don't know what it means to me

You will remember when this has blown over,
And everything's all by the way,
When I grow older,
I will be there at your side,
To remind you how I still love you
I still love you

Hurry back, hurry back,
Please bring it back home to me,
Because you don't know what it means to me

Love of my life.
Love of my life...

Boa noite

Flauta mágica.
Ouço-a baixinho quando encosto o ouvido ao chão.

O frio da madeira envernizada debaixo de mim. O caos laranja. Uma vasta gama de manchas negras e brancas quando fecho e abro os olhos com força. Uma espiral de tonturas quando tento erguer a cabeça alguns centímetros acima do solo. Estou ébria de cansaço e expectativas mortas.

Pendurei os meus sonhos num cabide qualquer.
Volto a vesti-los amanhã, depois da curta noite.

A distância até à cama repugna-me e entristece-me.
Faço da minha ingenuidade almofada.
Boa noite a todos.

O blog Através do Espelho tem o prazer de apresentar...

Uma nova e fascinante rubrica intitulada:

Conheça o seu mundo!

Hoje dedicada a um misterioso país asiático que só por mero acaso não é o berço de nossa mui adorada Silverdrop :p



- Bangladesh -


  • País asiático rodeado quase por inteiro pela Índia, excepto a sueste, onde tem uma pequena fronteira terrestre com Myanmar, e a sul, onde tem litoral no Golfo de Bengala. Capital: Daca.

  • Idioma oficial: Bengali
    Religião maioritária: Islamismo

  • O Bangladesh é o país com maior densidade populacional no mundo, apresentando aproximadamente 926 pessoas por km²!!

  • O encantamento de serpentes é uma prática comum nas ruas do Bangladesh. Na verdade, as cobras são surdas aos sons envolventes mas sentem as vibrações do solo. A flauta do encantador seduz a cobra pela sua forma e movimentos, e não pela música que emite.

  • Os Baul, trovadores místicos, constituem ícones culturais no Bangladesh. A música Baul celebra o amor celestial, mas fá-lo em termos bem terrenos, como as declarações de amor do bAul para sua boshTomi ou alma-gêmea.

  • Aqui fica uma canção Baul muito conhecida (no Bangladesh, claro):

    AmAr prANer mAnuSh Achhe prANetAi heri tAye sakal-khAneAchhe se nayan-tArAy, Alok dhArAytAre nA hArAyeogo tAi heri tAye JethAye sethAye tAkA-i Ami Jedik pAne

    A fantástica tradução: O homem do meu coração vive dentro de mim. É por isso que vejo ele em todo lugar. No fitar de meu olho, em um brilho de luz. Ó eu nunca posso perdê-lo. Aqui, lá, em todo lugar. Por onde eu olhar, ele está bem lá para mim.

Do fundo de um fabuloso baú!

Enjoy!

The Story

There's something about this song!

Rosa!!!

by Roman Lucian


R
uptura



Desse vermelho escarlate.



Espesso sangue em pétala.



Espinho injusto e cinzento.



Véu de borboleta negra.



Retalhos de carvão bordado



Alguém sabe reconstruir uma flor?


Qualquer coisa...

Cada pensamento cai, pesadamente, nesse fundo de nada que é a minha alma.
Uma dor de cabeça lancinante,
Pedaços de qualquer coisa inesquecível.
Auto-retrato desbotado e distante
Um estúpido tremor invisível.

Paradoxal vontade de adormecer,
Querer estar contigo e não poder...

Um abraço sem matéria,
Que me faz esquecer de mim...
Nem eu entendo, acreditem!
Estamos no início ou no fim?

Nuvem negra

Não me peçam para descrever,
reviver cada pequeno detalhe,
desmontar o conteúdo e a forma,
reinterpretar todas aquelas palavras
grotescamente pronunciadas.

A humilhação se sermos vistos
como não somos...
E tropeçar em obstáculos
que não fazem sentido.
Ser pouco mais do que nada
quando, no fundo, se fez tudo.

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa

- Sophia de Mello Breyner Andersen

A minha tese



Life is pleasant. Death is peaceful. It’s the transition that’s troublesome.

- Isaac Asimov-


by Giuseppe Pasquali

Porque nem só de abóboras é feito o Halloween...


Para quem acha que o dia do azar é a Sexta-feira 13, tentem prestar mais atenção ao Sábado 1:
- 3 alunos do 5ºano
- um partograma para fazer
- apenas 1 grávida para acompanhar
- 15 horas no bloco de partos à espera do nascimento
- um bebé que nasce durante a meia hora em que finalmente se decidiu ir jantar
- um médico que afinal não olha para aquilo que assina

Agradecimentos:
- ao Rafael, por nos salvar do coma hipoglicémico
- à nossa maca: nunca te esqueceremos, onde quer que estejas
- ao jogo do Stop
- aos meus companheiros nesta saga (havemos de escrever um livro sobre isto)
- ao pequeno Bruno, por nos mostrar que os milagres da vida são imprevisíveis

Desejo a todas uma hora pequenina!