Para quem tem veia de estilista

Meninas e meninos, o blog Através do Espelho tem o maior prazer em apresentar aquele site que devia ter existido quando éramos alegres e imaginativas meninas de 10 ou 12 anos e passávamos algumas tardes a desenhar vestidos e camisolas!

É verdade que este site tem uma população muito jovem de participantes (lol) mas devo dizer-vos que está extremamente bem feito! Podem construir as vossas peças de roupa com opções quase infinitas, fazer a vossa boutique, logotipo de estilista, leilões com as vossas roupas e anunciam nos locais do site que acharem mais convenientes. Tudo isto utilizando o dinheiro virtual do site (excepto para a criação de roupa porque essa parte é totalmente gratuita e extremamente viciante!)
Divirtam-se! Eu ando um bocado "vidrada" nisto lol

A fazer:

Reparemos na ausência de coloquialidades nos últimos dias aqui no blog.
Reparemos também na carência de comments e de movimentações.
Tentemos associar com o fenómeno de "jet lag" de que tenho vindo a padecer desde que regressei de Cuba.
Coloquemos uma mensagem de condolência pelas horas de sono perdidas.
Concluamos algo de extremamente pertinente.

Tentemos, pela milésima vez, adormecer.

Cuba

photo by Sofia


Venho de um sítio onde as coisas seguem uma inexorável ordem e disciplina, rumo a uma inverosímil meta de justiça e igualdade para todos.

Na verdade, e depois de tantos anos volvidos daquele dia em que desceu a serra num tanque blindado, que verá quando se olha ao espelho? Que pensará quando vê as ruas imundas, as casas sem portas, os filhos que pedem esmola nas esquinas? A camisa ensaguentada dos irmãos revolucionários foi comida pelas traças, algures num expositor de museu, enquanto da janela se vêem os estendais das pessoas humildes, nos locais mais inoportunos e inacreditáveis, repletas de t-shirts estampadas com imagens gastas do comandante amigo.

Afinal, o que define os heróis?

A aventura da liberdade é um caminho sem retorno que reclama a vida e a sanidade de quem troca a casa pela floresta e a caneta pela espingarda. Porque às vezes os aventureiros da liberdade, anos depois da revolta consumada, devem ver-se como o reflexo daqueles que odiavam. Num ciclo que parece infinito, em que deixamos de ser quem somos no momento em que conquistamos o desejado objectivo.

Quanto tempo mais para os despojos de mansões, para os "muscle cars" de há 60 anos, para os djambés tocados nas ruas, para os audaciosos "hijos de la revolúcion"?

São os prisioneiros livres. Saudáveis e licenciados vivendo a dois metros da tampa do esgoto.

Será que a história absolve os audazes?

Corropio... (a noite!)

Esta triste mas conhecida cefaleia das horas tardias...

O ser e o não ser que se projectam como sombras na parede, filhas da penumbra que se instala, retratos da vida de alguém que se misturam nos meus.

O perturbador silêncio. Alucinações impossíveis, como clarões coloridos nos meus olhos, uma qualquer embriaguez de sono que desperta a tempestade de ideias.

O vestido verde que não era meu.

Palavras escritas, entrecortadas por tragédias. Vidas que se cruzam sem que se queira.
A total incompreensão destas horas mortas.

Pólen

photo by Doug Santo

O mundo inteiro parece tão grande! Cada um de nós não é mais que um pequeno insecto que se esforça por voar até ao centro da felicidade. Asas de seda tecidas com brio e esperança, ano após ano, em busca do doce pólen da vida!