Afinal a morte também pode ser assim.
É estar cá e não estar.
Outra vez o maldito espelho, a reflectir a última sombra daquilo que já não volta mais.
E aquela terrível verdade que é ser adulto: às vezes ninguém nos pode ajudar.
E aquela terrível verdade que é ter memória: tudo regressa quando estamos frágeis.
E aquela terrível verdade que vem de confiar em alguém: há pessoas muito más.
2 comentários:
Sem dúvida Sofia. Há pessoas más por natureza, há pessoas más pelas circunstâncias, há pessoas más pontualmente falando. Há de tudo um pouco na vida e todos podemos ser “vítimas” disso e também causadores. É preciso analisar à luz da verdade o que gera essa malvadez, para que possamos ser justo com o outro e connosco. Partimos do pressuposto que todos somos bonzinhos, que todos temos moral, que todos temos as mesmas oportunidades, porém a vida reflecte o contrário. Só a inteligência emocional apurada e a ponderação, nos podem elevar, para condenar ou absolver quem quer que seja de consciência tranquila.
Espero que estejas bem... ou pelo menos... melhor.
Beijinho,
Vasco
A verdade, Vasco, é que certas desilusões não permitem uma absolvição. Mais, acho que a pessoa em causa não tem a ambição de alguma vez ser absolvida porque conhece melhor do que ninguém as consequências do que fez.
Cada um tem as oportunidades que tem e deve fazer o melhor que pode com elas.
Eu sou apenas uma pessoa que faz o que acha correcto, que também tem dúvidas e é colocada perante as tentações e os desafios do dia-a-dia. Mas com certeza que sou falível.
As pessoas que para mim são más são aquelas que me fazem mal. Mas claro que têm a chance de fazer coisas boas no resto das suas vidas por esse mundo fora.
Os actos têm consequências e disso não podemos fugir.
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