Porque às vezes a poesia me escapa...
Perco a magia única e instantânea dos momentos,
Os meus pensamentos toldam-se de lágrimas,
A minha alma torna-se uma planície estéril e seca,
A vida ultrapassa-me, foge demasiado rápido.
Sou só um vulto debaixo das cobertas,
Procurando um instante de silêncio e de vazio,
Uma trégua da avalanche de futilidades que me cercam,
E me cegam das verdadeiras cores da vida.
3 comentários:
A mim, que a poesia me escapa indefinida e infinitamente, vou à busca de magia em todos os momentos, mesmo quando a minha alma parece tornar-se uma planície estéril e seca. Não permito que a vida me ultrapasse ou fuja. Tento fazer de cada dia os melhores momentos da minha vida. Busco, teimosamente (sou escorpião), o momento seguinte, esperando que seja melhor.
Também olho para trás, mas de uma forma pedagógica, sentindo saudades dos momentos bons, mas sem muita nostalgia, porque, por vezes, é triste, mesmo quando recordamos os melhores momentos.
As futilidades, pelo contrário, ajudam-me a ver mais nítido e selectivo.
Está um dia com sol radioso, estimulante para as verdadeiras cores da vida, aquelas que queremos ver e não aquelas que desejamos. Estas, por vezes, são utopia.
Adorava passar-te, de preferência por gradiente de pressão ou, mesmo por osmose, esta alegria e vontade de ver positivo. De acreditar no dia seguinte.
BJS SLB
Vivemos e experienciamos a vida de forma diferente, todos nós. É por isso que o mundo é um local rico e cheio de surpreendentes descobertas. Os momentos de insatisfação fazem-nos procurar um novo equilíbrio, estimulam e crítica e fazem-nos agir. Se o estado de alegria fosse perene e imutável não haveria motivações para ir mais longe, para ultrapassar barreiras ou para buscar a realização pessoal. A criatividade e a inspiração surgem muitas vezes nos momentos de melancolia e a vida ensina-nos a utilizar esses momentos como ponto de partida para um novo salto, que nos projecta para um novo mundo de objectivos.
É apenas uma trégua, depois disso, a luta continua.
:) a sério, adoro os teus poemas...
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