Alguém...

Quem estiver aí,
Quem souber quem eu sou,
Alguém!
Por favor arranque esta sensação do meu peito,
Faça este nó desaparecer,
Reanime a minha coragem.

É tão difícil vencer esta dor,
E nem sei mais o que é chorar,
Não grito nem discuto,
Sou mais forte do que quero ser.
Porque não choro nunca
Mas continua a doer!

Dona babada


A primeira música que o rádio do meu lindo carrinho tocou!!!

;)

CSI


Alguém MATOU a minha concentração!!

"Intervalo"

No livro que eu não li
No filme que eu não vi
Na foto onde eu não entrei

A minha tarde amarela e luminosa


O que acontece nestas tardes quentes de Verão?
Quando elevamos o pensamento preguiçoso acima das nuvens e nos deixamos cair numa deliciosa sensação de felicidade
O milagre da existência e os mistérios do Universo são demasiado complexos para estas horas porque o significado do mundo inteiro parece estar numa pétala de flor ou num copo fresco de limonada
Apetece segurar com força a mão de alguém que ainda não conheço e ficar em silêncio, respirando estes minutos mágicos, à espera de nada, escutando o barulho dos pássaros e do vento, desejando nada mais do que estar aqui

"Só conhecemos as coisas que prendemos a nós"


"Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo não me serve de nada. Os campos de trigo não me fazem lembrar de nada. E é uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então, quando eu estiver presa a ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de gostar do barulho do vento a bater no trigo...
A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Por favor...Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer...
- Só conhecemos as coisas que prendemos a nós - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não me dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto..."

Mutante


E, subitamente, identifico-me com esta louca letra ;)
Um dia ainda hei-de relembrar as desgraças todas deste semestre e dançar assim lol

Nos meus sonhos

Lá do fundo do baú ;)

Quem sou eu?


Eu sou fumo


Porque é que a noite vem assim, de surpresa, de mansinho, para nos lembrar de todos os erros e de todas as tristezas? Porque é que há sempre momentos em que tudo são dúvidas e más lembranças? Porquê este desconforto em estar aqui e agora?
Porquê a sensação de estar só, de falar e ver as minhas próprias palavras, escritas em fumo, confinadas a quatro paredes espessas e frias?
Porquê a sensação de andar em círculos, de deambular numa floresta escura e sombria, perseguida por olhos fluorescentes de raiva e de inveja?
Porquê o sentimento de perda e de desilusão? Porquê esta eterna revisitação das horas mortas, dos dias passados, das vidas que jamais poderão ser vividas?
Porquê a sensação de que metade de mim ficou para trás, trespassada por uma espada amiga, vítima de si própria numa emboscada desleal? Porquê a sensação de ter vivido num cenário dramatúrgico, crendo que era a vida real, contracenando com um actor demasiado bom, terminando o último acto em lágrimas e sem nenhum aplauso?
Porquê esta sensação de ter nascido agora para o mundo real depois de ter passado anos encoberta num fumo lilás de ideias platónicas e amores eternos?
Porque me despertaram do meu sonho, dos meus dias de sol... do meu mundo?

Fotocópia de nada


Entre duas cadeiras iguais. Entre o rebanho. Entre uma nuvem e outra. Entre a multidão.
Quis voar sem asas.
Quis viver 1000 anos.
Quis parar o tempo.
Quis ser melhor.

Entre o preto e o branco. No meio da fila. Antes e depois de pessoas sem rosto.
Quis ser diferente.
Quis transformar o mundo.
Quis vestir-me de estrelas.
Quis ser feliz.

Espiral em direcção ao infinito


Mais um degrau, e outro, e outro.
Numa escada em caracol: metaforicamente a vida ou literalmente a vida!!
Quis escalá-la de mãos dadas mas tantas vezes o fiz sozinha.
De olhos vendados, tropecei.
Tive medo, voltei atrás.
Fiquei cansada e parei, olhando os outros.
Amparei-me no corrimão, tentando ganhar força para a caminhada.
Agora corro, aproveitando o vento fresco.
Quem está comigo?
Quem corre ao meu lado em busca da perfeição que não existe e do céu que nunca ninguém viu?

Príncipe encantado, onde estás? II

A pedido de várias famílias aqui fica o vídeo dos "apanhados" do mesmo filme :)

Príncipe encantado, onde estás?

Porque é que a vida real é tão diferente das comédias românticas?
(uma pergunta que já passou pela cabeça de muitos de nós, certamente)

Eu estive a ponderar e penso que talvez as perguntas correctas sejam:
- Onde estão as pessoas reais em quem os senhores que concebem as comédias românticas se inspiraram?
- Será que as comédias românticas são na realidade filmes de ficção científica?

Enquanto pensam no assunto deixo-vos o compacto de um filme que eu gosto imenso...

"Two weeks notice"

E agora ficamos todos à espera do Hugh Grant ou da Sandra Bullock das nossas vidas (o meu pode vir com o sotaque inglês incluído, sff :p)

Não tendo outros recursos melhores: GRITO!


Retrato de um desespero anunciado
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
...........

Dilema em tempo de estudo

Sono, mil imagens desfocadas que me assombram.
Medo, que o amanhã seja uma tarefa inacabada.
Cansaço, sou corpo inerte numa alma viva.
NÃO POSSO DESISTIR!
Esperança, que o amanhã compense tudo
Coragem, para resistir só mais um pouco
Grito, de força e de revolta!
VOU CONSEGUIR!

Em fios de seda


Eu olho e sinto que sou aquela breve teia, construída com mil cuidados entre ramos secos mas robustos, imaginada como espiral de arestas sucessivas, brilhante quando a luz incide e negra quando a noite cai.

Assim sou, leve e ondulante, buscando abraçar em meus fios de prata sonhos que passem despercebidos, sorrisos sem dono e pequenos momentos de felicidade. Assim serei para sempre, caçadora invisível dos detalhes deliciosos e dos abraços quentes.

Minha habitante de oito almas, oito essências e oito luas estende-se à noitinha na rede aberta e canta salmos de louvor. Depois dança vertiginosamente, enredando-se nos sonhos e nos sorrisos, embebedando-se num êxtase de pura felicidade.

Sou teia, sou seda, sou tudo... Abraçarei o mundo sempre que ele me deixar!

Outro desafio

Desafio oficialmente os comentadores habituais desta nossa mini blogosfera que ainda não construíram o seu blog (ou aqueles que até têm um blog mas que actualmente se encontra em ruínas e cheio de ervas daninhas) a juntarem-se a nós, criando o seu próprio cantinho, mais um pequeno e colorido retalho para compor a nossa, já tão linda, manta :)

E proponho, ainda, que organizemos, depois dos exames e destas trabalheiras todas, um almoço ou um jantar para o convívio deste grupinho dos blogues (aberto ao público em geral também claro :p)

Por fim, não fiquem assustados com este meu espírito de recrutamento intensivo, prometo não tentar convencer ninguém a aderir a uma seita religiosa esquisita ou ao grupo de venda domiciliária da Bimby ou das Tupperware.



A propósito, aqui fica uma imagem da fabulosa Bimby e a seguinte questão: "Será que esta pérola da tecnologia moderna também consegue estudar Medicina I e fazer o exame objectivo a um recém-nascido?"

Conhecer alguém

Em tantos momentos desejei entrar na mente dos outros, entender motivos e atitudes... Compreender as nuances da sua complexidade e conhecer a totalidade da sua alma...
Será isso possível?
Se não é possível compreender verdadeiramente alguém que não nós próprios, a desilusão e a tristeza estarão sempre ao virar da esquina.

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

Fernando Pessoa

Quem sabe o que será?

Horas demasiado longas.
Viver numa casa de espelhos onde cada dia é apenas um reflexo mais ou menos distorcido do anterior e um prenúncio quase certo do seguinte. O desejo permanente de alcançar o inalcançável, de esticar o tempo até ao infinito e de ver todo o esforço, enfim, recompensado.
A cada nova manhã um recomeço, uma busca incessante para enfrentar o tédio, o desespero e o cansaço. Reviver vezes sem conta, desde que o Sol nasce até que desaparece no horizonte, a incerteza do resultado de todo este estudo e de todo este sofrimento.
E porque o dia só termina daqui a muitas horas, escrevo estas breves palavras e de novo regresso à minha prisão invísivel. Anestesio as minhas emoções e suspendo a minha vida em nome de tudo isto e no fim... Quem sabe o que será?