Eu olho e sinto que sou aquela breve teia, construída com mil cuidados entre ramos secos mas robustos, imaginada como espiral de arestas sucessivas, brilhante quando a luz incide e negra quando a noite cai.
Assim sou, leve e ondulante, buscando abraçar em meus fios de prata sonhos que passem despercebidos, sorrisos sem dono e pequenos momentos de felicidade. Assim serei para sempre, caçadora invisível dos detalhes deliciosos e dos abraços quentes.
Minha habitante de oito almas, oito essências e oito luas estende-se à noitinha na rede aberta e canta salmos de louvor. Depois dança vertiginosamente, enredando-se nos sonhos e nos sorrisos, embebedando-se num êxtase de pura felicidade.
Sou teia, sou seda, sou tudo... Abraçarei o mundo sempre que ele me deixar!
Sem comentários:
Enviar um comentário