Déja vu

A placidez de me encontrar em casa, a temperatura amena, contraste com o clima chuvoso lá de fora... Folhas espalhadas pela mesa, uma confusão organizada de ideias, umas em português e outras em espanhol, tantas verdades que eu devia saber e que se calhar não sei, que eu já li em tempos mas que se perderam na infinidade de conhecimentos que me obrigo a saber.

Estudar em tempos de preguiça e lassidão: tema recorrente das minhas reflexões. Uma sensação que só partilho verdadeiramente comigo própria, quando me encontro só, rodeada por um mundo de apontamentos, informações fugidias e efémeras que me esforço por amarrar com força à minha memória perene e que, tantas vezes, me escapam entre os dedos, de um dia para o outro. A terrível constatação do esquecimento, de querer fazer sempre mais, de não ter bem a certeza daquilo que já se fez.

E vocês que lêem os meus desabafos repetitivos, porque também estas fases de estudo são repetitivas, monótonas e castradoras da imaginação e da originalidade, talvez sintam algo parecido, que partilham convosco mesmo na solidão das horas de estudo.

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