Tree of life!

by Laurent DeCuyper


A árvore da vida
Nasce num solo improvável.
Onde quer que a fertilidade
Abrace os deuses da criação.

Rectos ramos de seiva bruta
Estendem-se da segurança do tronco
Até onde o Sol os aqueça.

Ainda que o vento os fustigue
Com chicotadas de injúrias e veneno
Oscilam e não vergam porque são eternos.

Sopro gélido de um ente desalmado,
Curto e grosso na sua efemeridade,
Marca mais um anel e morre, para sempre.

Quando fôr quase centenário,
Prodígio no mundo das árvores,
Desdobrar-me-ei finalmente em histórias,
Em papel fino do meu tronco forjadas,
E devolvo-me ao chão onde nasci.

3 comentários:

Rafael disse...

Lindo. ;)

Jotomicron disse...

Faz-me lembrar um filme que vi, “The Fountain”.

sofia disse...

;)*