A árvore da vida
Nasce num solo improvável.
Onde quer que a fertilidade
Abrace os deuses da criação.
Rectos ramos de seiva bruta
Estendem-se da segurança do tronco
Até onde o Sol os aqueça.
Ainda que o vento os fustigue
Com chicotadas de injúrias e veneno
Oscilam e não vergam porque são eternos.
Sopro gélido de um ente desalmado,
Curto e grosso na sua efemeridade,
Marca mais um anel e morre, para sempre.
Quando fôr quase centenário,
Prodígio no mundo das árvores,
Desdobrar-me-ei finalmente em histórias,
Em papel fino do meu tronco forjadas,
E devolvo-me ao chão onde nasci.
3 comentários:
Lindo. ;)
Faz-me lembrar um filme que vi, “The Fountain”.
;)*
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