O Lobo Mau toma várias formas, tem várias máscaras, movimenta-se entre nós como um nativo e é até capaz de algumas atitudes de simpatia para melhor se integrar nas actividades do quotidiano.
Deixou-se já daquele hábito de soprar as casas de leitõezinhos ou de tentar ingerir avós indefesas e optou agora pelo terrorismo psicológico, pela competição desleal e pelas intrigas de bastidores.
Eu pessoalmente não tenho medo do Lobo Mau mas a sua existência preocupa-me, repugna-me e revolta-me. E perturbam-me também aqueles que lhe fazem cinicamente festinhas no pêlo só para não levarem uma dentada.
E, assim, todos os dias ele lá está, encostado a uma parede, sentado a uma secretária, no bloco operatório, na consulta, na enfermaria, no café da esquina, no supermercado, rosnando para o lado sempre que lhe cheira a Capuchinho Vermelho.
Já começa a ser altura de arranjar uma caçadeira...
1 comentário:
:)
ha uns tempos fiz uma espécie de teatro amador, para crianças com idades entre os três e os cinco,
eu era o lobo mau na historia dos três porquinhos, e por isso, mal me viram, desataram a chorar
o teu texto faz todo o sentido, é assim q o mundo gira, ja nao ha revolta por parte dos pequeninos para deitarem abaixo os lobos maus de hoje em dia
por um lado é medo, mas por outro é tb comodismo.
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